Passageira é indiciada pela PF após tentativa de agressão ao ministro Flávio Dino durante voo

A Polícia Federal (PF) indiciou uma passageira que tentou agredir verbal e fisicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, durante um voo comercial de São Luís (MA) com destino a Brasília, na tarde da última segunda-feira (01/09).

De acordo com a assessoria de Dino, a passageira proferiu ofensas ao ministro e tentou se aproximar dele de forma agressiva, sendo contida por um dos seguranças que o acompanhavam. A situação foi rapidamente controlada pela tripulação da aeronave, que acionou as autoridades ainda durante o voo.

Ainda segundo a assessoria de Dino, o ministro estava sentado e trabalhando com a cabeça baixa no momento da abordagem. A passageira, identificada como Maria Shirlei Piontkievicz, teria gritado frases como “o avião está contaminado” e “não respeito esse tipo de gente”, antes de se dirigir à poltrona onde Dino estava. Ainda conforme a assessoria, a mulher apontou para o ministro e exclamou “o Dino está aqui”, o que foi interpretado como uma tentativa de incitar os demais passageiros contra ele.

A aeromoça chefe de cabine advertiu a mulher, e o segurança pessoal do ministro interveio para evitar uma possível agressão. Um agente da Polícia Federal que estava de plantão no aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís entrou na aeronave e deu início aos procedimentos legais. Após o pouso em Brasília, a passageira foi encaminhada para prestar depoimento.

Em nota, a assessoria do ministro classificou o episódio como “inaceitável, ainda mais no interior de um avião, por atrapalhar outros passageiros e colocar em risco a operação do voo”. A equipe ressaltou que todas as providências legais foram tomadas pelas autoridades competentes.

O incidente ocorre em um momento de forte tensão política, na véspera do julgamento de oito réus acusados de tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Flávio Dino, integra a Primeira Turma do STF, responsável por parte dos julgamentos que começa nesta terça-feira (02/09).

A mulher responderá pelos crimes de injúria qualificada e incitação ao crime, conforme previsto no Código Penal. Segundo a PF ela prestou depoimento e foi liberada após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência para registro de uma infração penal de menor potencial ofensivo.

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, na matéria em destaque. Imagem: Gustavo Moreno/STF.