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Nísia Trindade é demitida por Lula e Alexandre Padilha assumirá seu posto na Saúde

Com a demissão de Nísia Trindade do comando do Ministério da Saúde nesta terça-feira (25), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, assumirá a pasta.

A gestão de Nísia não vinha agradando ao presidente Lula (PT), que cobrava uma articulação política mais eficaz. Além disso, a ex-ministra enfrentou críticas e pressão do Centrão em relação ao orçamento do Ministério.

Em meio à crise em sua gestão, Nísia declarou em 21 de fevereiro que “não deixaria o cargo”, reafirmando seu compromisso com o trabalho e relativizou a necessidade de mudanças no governo. Apesar do desgaste, incluindo uma epidemia de dengue em 2024, o avanço lento do Programa de Vacinação, a falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e dificuldades com o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), Nísia tentou manter sua posição.

O presidente Lula a cobrou várias vezes pela lentidão das iniciativas do Programa PMAE, lançado em abril de 2024, que já consumiu R$ 2,4 bilhões, além de R$ 1,2 bilhão destinados a cirurgias. Em novembro de 2024, Nísia enfrentou novas pressões após denúncias de que o governo deixou vencer 58,7 milhões de imunizantes em 2023, número que supera em 22% o desperdício ocorrido durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além das dificuldades administrativas, a ex-ministra também enfrentou pressão devido à crise nos hospitais federais, que culminou em um escândalo de contaminação por HIV durante um transplante na rede estadual do Rio de Janeiro.

Nísia também virou alvo de parlamentares, especialmente do Centrão, pelo pouco trânsito político. Congressistas reclamavam que não eram recebidos com frequência e relatavam dificuldades para conseguirem recursos para as bases

A troca de Padilha para o Ministério da Saúde já era especulada durante a semana, sendo seu nome o mais cogitado. Padilha, do mesmo partido que Lula, terá a missão de equilibrar articulações políticas com as entregas da pasta. Uma das principais exigências de Lula é que o novo ministro não tenha pretensões políticas para as eleições de 2026, uma vez que possíveis candidatos devem deixar o cargo no início do ano, em razão do prazo de desincompatibilização.

Foto em evento de sanção Novo Mais Médicos, Lula, Nísia Trindade e Alexandre Padilha.

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