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México renova com o Brasil, parceria que alavanca exportações brasileiras de carnes, grãos e laticínios

O Governo do México publicou o decreto que renova até o dia 31 de dezembro de 2025, o “Paquete Contra la Inflación y la Carestía” (PACIC, sigla em espanhol).

O PACIC, criado há cerca de dois anos pela Secretaria de Fazenda e Crédito Público do México, tem como pauta controlar a inflação e a escassez de alimentos. O pacote incentiva a oferta por meio da importação de produtos estratégicos, como carne de frango e carne suína, reforçando a presença de produtos brasileiros no mercado mexicano.

Com a renovação do PACIC, as atuais condições de importação se mantêm, incluindo a ausência de cotas limitadoras e tarifa zero.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, celebrou a renovação da parceria.

“É uma grande oportunidade para continuarmos reforçando e intensificando a parceria comercial tão importante com o México com produtos brasileiros competitivos que contribuem para a segurança alimentar e nutricional”, destacou.

O México consolidou-se como um dos principais parceiros comerciais do Brasil, tornando-se o maior destino das exportações agropecuárias brasileiras na América Latina, após a implementação do PACIC em maio de 2022.

A renovação da medida tem sido fundamental para a continuidade das exportações brasileiras de alimentos ao México, especialmente produtos como carnes, leite, arroz e feijão, itens nos quais o Brasil tem forte participação exportadora. 

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), apenas nos 11 primeiros meses de 2024, foram geradas mais de US$ 2,7 bilhões em receita com as exportações ao país.

Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o programa viabilizou as importações de 205 mil toneladas de carne de frango (+18,8% em relação ao mesmo período do ano passado) e 42 mil toneladas de carne suína (+49,7% segundo o mesmo período comparativo).

Atualmente, o México é o 7° maior importador mundial de carne de frango do Brasil, e o 10° principal destino em carne suína.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, também celebrou a renovação da medida ao destacar a boa relação entre os países.

“Ao longo do último ano, o Ministério da Agricultura do Brasil dedicou grandes esforços para a manutenção da posição brasileira como fornecedor no âmbito do Pacic. As boas relações entre os países e a sólida parceria construída entre produtores brasileiros e importadores mexicanos indicam que o fluxo de carne de frango e de carne suína do Brasil ao México deverá seguir em ritmo positivo ao longo de 2025, gerando resultados positivos para as duas Nações”, avaliou.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, ressaltou a importância da renovação para o fortalecimento da parceria comercial.

“A renovação do PACIC reafirma o compromisso entre Brasil e México em promover uma relação comercial benéfica para ambos, permitindo que produtos brasileiros de qualidade e com preços competitivos cheguem aos consumidores mexicanos em um momento de desafios econômicos globais. A continuidade do PACIC reforça o papel do Brasil como parceiro estratégico no abastecimento alimentar do México e fortalece as exportações agropecuárias, abrindo caminho para futuras oportunidades de crescimento e cooperação entre os dois países”, destacou Luis Rua.

Foto em destaque da matéria: Pixabay.

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