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Macaé Evaristo diz que repatriados podem ser algemados nos EUA, mas não no Brasil

Na terça-feira (28), a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, afirmou em entrevista que, conforme acordos existentes, é permitido que repatriados sejam algemados durante o deslocamento fora do país, considerando que, ao entrarem nos Estados Unidos sem visto, são tratados como indivíduos que cometeram um crime. Contudo, ela destacou que, ao chegarem ao Brasil, as algemas devem ser removidas.

A ministra enfatizou a importância de garantir que essas pessoas sejam tratadas com dignidade, sem violência, e que tenham acesso a água e alimentos

Quando questionada se o Ministério dos Direitos Humanos havia sido previamente informado sobre a chegada de repatriados algemados, Macaé respondeu:

“Esse é um protocolo que já existia, mas é a primeira vez que temos casos objetivos em que, devido à violação de direitos básicos, os próprios passageiros se revoltaram, como aconteceu em Manaus, e pediram socorro”, disse a ministra.

A ministra explicou ainda na entrevista por vídeo conferência à CNN, que foi devido a essas situações que o presidente Lula acionou o Ministério dos Direitos Humanos para garantir um acolhimento humanitário adequado. Atuando em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça, está trabalhando em uma abordagem coordenada, contando também com o apoio de municípios e estados nos aeroportos com maior frequência de deportações.

Macaé ressaltou a necessidade de discutir as condições em que essas pessoas são repatriadas e mencionou que, nos últimos três anos, cerca de 11 mil repatriados desembarcaram no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, com uma média de dois voos mensais. Ela observou que, embora alguns repatriados cheguem com recursos financeiros, outros não têm condições adequadas.

Além disso, a ministra anunciou a intenção do governo federal de instalar um posto de ajuda humanitária no Aeroporto de Confins e informou que está acompanhando a situação também no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde a atuação se estende a refugiados e imigrantes.

Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos, na foto da matéria em destaque. Imagem: Reprodução/Instagram/Acervo pessoal.

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