Governo lança Plano Safra 2025/2026 com R$ 89 bilhões e foco em agricultura familiar e agroecologia
Nesta segunda-feira (30/06) o governo federal lançou o Plano Safra 2025/2026, com um montante recorde de R$ 89 bilhões destinados à produção agrícola, à modernização do campo e ao fortalecimento da agroecologia. O valor representa um aumento de 3,85% em relação ao plano anterior, renovando o recorde histórico de investimento no setor.
Apesar da elevação da taxa Selic para 15% ao ano, o governo decidiu manter os juros reduzidos para o financiamento da agricultura familiar. As taxas para custeio de pequenos produtores continuam em 3% ao ano, enquanto a produção de alimentos orgânicos e da sociobiodiversidade segue com juros de 2% ao ano.
Segundo o governo, o novo ciclo do Plano Safra 2025/2026, prioriza a sustentabilidade e o apoio aos produtores mais vulneráveis. Já nas demais linhas de financiamento, as taxas de juros variam entre 0,5% e 8% ao ano — um aumento em relação ao ciclo anterior, que oferecia condições de até 6% ao ano.
A maior parte dos recursos — R$ 78,2 bilhões — será direcionada ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que teve um crescimento de 2,9% em relação ao último ciclo. Desde o início do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o programa acumula uma expansão orçamentária de 47,5%.
Durante a cerimônia de lançamento, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ressaltou o avanço no número de contratos do Pronaf, que passou de 90 mil em 2022 para 2,9 milhões em junho de 2025.
“Tínhamos o desafio de tornar esse plano nacional. Registramos um aumento nos contratos de 94% no Nordeste, 33% no Norte e 40% no Sudeste“, afirmou o ministro.
Além do Pronaf, o novo Plano Safra contempla:
- R$ 5,7 bilhões para o Proagro Mais, programa de seguro agrícola;
- R$ 240 milhões para assistência técnica e extensão rural;
- R$ 42,2 milhões para o Programa de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), que garante preços mínimos para produtos da sociobiodiversidade;
- Investimentos em mecanização agrícola, regularização fundiária e ações voltadas às mulheres do campo.
Entre as novidades, destacam-se duas novas linhas de crédito: uma voltada à agroecologia e outra para quintais produtivos, ambas com limite de até R$ 20 mil e juros de 0,5% ao ano.
Foto da matéria em destaque: agricultores familiares. Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil.
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