Deutsche Bank compara a economia do atual governo Lula com o de Dilma Rousseff
O banco alemão, Deutsche Bank, uma das maiores instituições financeiras do mundo, atuante no Brasil desde 1911, realizou uma análise rigorosa das condições econômicas do Brasil, projetando um crescimento inferior a 2% para o ano de 2025. A instituição também prevê que a inflação deve se situar em torno de 5%, enquanto a taxa Selic pode alcançar até 14,5%. Além disso, o banco estima que a dívida pública do país poderá atingir 90% do PIB até 2027, ressaltando os desafios fiscais que o Brasil enfrenta.
Segundo os economistas do banco, o atual governo de Lula (PT) tem adotado uma combinação de políticas voltadas para a demanda, com o objetivo de aumentar a popularidade. Eles destacam que essa abordagem lembra a expansão de 10% da economia durante o mandato de Dilma Rousseff.
Os especialistas do Deutsche Bank enfatizam a relação histórica entre inflação, câmbio e política fiscal no Brasil. Lembram que, entre 2013 e 2014, a elevação da taxa de juros de 7,25% para 14,25% foi uma resposta ao fracasso fiscal do governo Dilma, que viu superávits primários de 2% do PIB se transformarem em déficits que chegaram a 3% do PIB em meio à recessão de 2016.
Além disso, o pacote fiscal recente do governo, que amplia transferências para a classe média, é visto como um fator que pode aumentar os riscos fiscais, provocar uma inflação mais alta e resultar em uma moeda mais fraca.
A equipe liderada por Drausio Giacomelli, diretor do Deutsche Bank em Nova York, afirma que:
“O Brasil é um dos países mais vulneráveis entre os emergentes, enfrentando sérias dificuldades em termos de crescimento e reformas fiscais”.
Presidente Lula e Dilma Rousseff, em destaque na foto da matéria. Imagem: Ricardo Stuckert.
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