Bolsonaro é denunciado pela PGR por ‘liderar ação antidemocrática’
Nesta noite de terça-feira (18/02), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, onde entre as acusações estão: “golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, liderança de organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União”.
A PGR alega que Bolsonaro liderou uma organização que tentou desestabilizar a democracia brasileira. Segundo a denúncia, ele tinha conhecimento de um plano para assassinar o presidente Lula (PT) em 2022 e concordou com essa trama.
A PGR destaca uma reunião realizada em 14 de dezembro de 2022, onde uma nova versão de um “decreto golpista” foi apresentada pelo General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira aos comandantes das três Forças Armadas, com ajustes sugeridos por Bolsonaro. Essa reunião é descrita como uma tentativa de pressionar os militares a se envolverem no plano.
“Há evidências minuciosas de reunião ocorrida no dia 14.12.2022, onde uma nova versão do decreto golpista, já com os ajustes feitos por JAIR BOLSONARO, foi apresentada pelo General PAULO SERGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA aos Comandantes das três Forças Armadas”, afirma O procurador-geral da República, Paulo Gonet, na denúncia.
No total, 34 pessoas foram denunciadas, incluindo o general Braga Netto, ex-ministro e ex-vice-presidente na chapa de Bolsonaro, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
Se a denúncia for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal. Isso significa que ele será formalmente acusado dos crimes mencionados na denúncia e terá a oportunidade de se defender diante das alegações. O processo poderá incluir investigações adicionais, audiências e, eventualmente, um julgamento. A aceitação da denúncia também pode ter implicações significativas para a política brasileira.
Jair Bolsonaro, na foto da matéria em destaque. Imagem: José Cruz/Agência Brasil.
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