‘Alcolumbre é o Golias apoiado por Lula e Pacheco para presidir o Senado’, avalia Girão

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou nesta terça-feira (21/01) que o senador Davi Alcolumbre (União-AP) é o “Golias” (Gigante filisteu da Bíblia que desafiava o exército de Israel), apoiado pelo presidente Lula (PT) e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para presidir a Casa.

A declaração ocorre após Girão, que é candidato para presidir o Senado, defender a candidatura do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP): “Quanto mais candidatos, melhor”.

Pontes vem sendo muito criticado por ter apresentado seu nome para a eleição à Presidência do Senado.

Girão também defendeu o voto aberto nas eleições da Casa.

“Por que a gente não trabalha para o voto aberto, para que cada senador mostre o seu voto na eleição no dia 1º de fevereiro, que o Brasil vai parar para assistir? A gente pode desequilibrar essa eleição, desse jogo bruto que realmente é muito trabalhado nos bastidores, pró Davi Alcolumbre, pelo Centrão, pelo PT. E a gente precisa deixar claro quem está apoiando Davi Alcolumbre, inclusive o governo Lula, que está apoiando fortemente. Eu digo para vocês: o voto aberto vai fazer a diferença”, declarou Girão em entrevista para rádio Auri Verde Brasil.

Eleições 2026

O parlamentar afirmou ainda que boa parte dos senadores irão precisar de votos de eleitores da direita para se elegerem nas eleições de 2026.

“Dois terços dos senadores, vão precisar dos votos dos eleitores conservadores de direita em 2026. Se a população fizer uma campanha forte, no voto aberto da eleição do Senado, os senadores que não mostrarem o seu voto em uma campanha bonita, educada, respeitosa, mas um pedido da população… o senador que não mostrar o seu voto, eu acho que já vai deixar a população com o pé atrás em relação a ele. Tem dois terços que vão tentar a reeleição. Será que eles vão mostrar o voto?”, pondera Girão.

Postura de Alcolumbre

O senador declarou também que Davi Alcolumbre foi subserviente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que atrapalhou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Alcolumbre, com todo o respeito, não dá. A gente já viu a postura do Alcolumbre no próprio governo Bolsonaro, e não foi bom para o Brasil. Naquele momento, ele atrapalhou o governo Bolsonaro e, muitas vezes, foi subserviente ao STF. A gente precisa colocar os interesses nacionais acima dos interesses pessoais, e a hora é agora. Com relação à presidência do Senado, 2026 pode ser tarde demais”, concluiu.

Senador Eduardo Girão na foto em destaque da matéria. Imagem: Andressa Anholete/Agência Senado.