Eduardo Bolsonaro faz ameaças a Alexandre de Moraes e integrantes da PF em live no YouTube
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, durante uma live transmitida ao vivo em seu canal no YouTube, neste domingo (20/07), e utilizando tom de ameaça, que pretende trabalhar para retirar o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quando a gente fala que o visto foi só o começo, é porque o nosso objetivo será te tirar da corte. Você não é digno de estar no topo do poder Judiciário e eu tô disposto a me sacrificar para levar essa ação adiante”, declarou.
Eduardo acusou Alexandre de Moraes de “usar a caneta do STF em nível de várzea” e reiterou que pretende atuar pela retirada do ministro do cargo.
“Toda hora a gente tem que expor o nível de várzea que é Moraes com a caneta do STF. O ideal seria ele fora do STF. Trabalharei para isto também, tá, Moraes?”, afirmou o parlamentar.
O parlamentar também ironizou uma possível investigação contra ele e sugeriu que o ministro envolvesse autoridades internacionais.
“Não gostou? Coloca o Trump junto aí na investigação. Coloca toda a nossa quadrilha aqui do Marco Rubio, etc. E manda a Interpol vir pegar a gente”, provocou.
Em outro momento, Eduardo Bolsonaro alegou que Moraes já teria sofrido pressões dos Estados Unidos. “Sabe por que que você não vai fazer isso, Alexandre? Porque você já tomou um sabão da Interpol. Ou melhor, você já tomou um sabão dos Estados Unidos.”
As declarações do deputado não se restringiram ao ministro do STF. Eduardo também dirigiu ameaças a integrantes da Polícia Federal (PF), mencionando diretamente o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você… Ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente”, afirmou.
As falas do deputado repercutem no mesmo dia em que se encerrou o prazo de sua licença parlamentar de 120 dias. Com o fim da licença, caso Eduardo Bolsonaro não retorne ao Brasil, passará a acumular faltas não justificadas, e de acordo com o regimento da Câmara dos Deputados, um parlamentar não pode faltar a mais de um terço das sessões do plenário sob risco de perda do mandato.
Foto da Matéria em destaque: Eduardo Bolsonaro. Imagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.
Share this content:
Publicar comentário